Proletários de todos os países: UNI-VOS! PCP - Reflexão e Prática

Textos de: "João Vieira"

Nº 318 - Mai/Jun 2012

Amanhã nós teremos fome

Não se trata de fazer deste título uma provocação, mas apenas despertar a atenção para a outra crise gerada pelo capitalismo, a crise alimentar – uma variante da crise geral económico-financeira. Não pretendo com isto dizer que as prateleiras estarão vazias nos próximos seis meses, mas caminhamos nesse sentido, a fome já está no nosso país não ainda por falta de comida mas por falta de dinheiro para a comprar. Mesmo com o mito dos preços baixos, a comida será cada vez mais objecto de especulação e de difícil acesso para a maior parte das pessoas. A fome amanhã tem a ver com a natureza predadora do capitalismo e com o rumo que está a imprimir à agro-produção, em que os Estados se demitem da sua função reguladora e deixam nas mãos invisíveis do «mercado» esta necessidade básica que é a alimentação.

Nº 304 - Jan/Fev 2010

Imperialismo e agricultura - A conspiração de Doha

Enquanto não me chega a inspiração para passar ao papel as minhas reflexões e experiência sobre as alterações que atingem a agricultura neste tempo de mundialização capitalista, olho para a mão que segura a caneta, a mesma que ontem segurava o arado ainda de modelo romano, que virava o chão que nos dá o alimento para a vida e vida para transformar o mundo.

Nº 294 - Mai/Jun 2008

A geopolítica dos agro-combustíveis

Depois do ouro negro, para o capitalismo é agora a vez do ouro verde que avança a coberto do eufemismo de bio-combustível e da defesa da biodiversidade.
Porquê a necessidade ideológica do capital em apresentar o novo negócio sob uma capa ecológica? A resposta é uma só: para esconder aquilo de que realmente se trata, ou seja: um crime contra a humanidade.

Nº 282 - Mai/Jun 2006

A arma alimentar na estratégia global do grande capital

A propósito de um artigo da Pública de 12 de Fevereiro, intitulado «O Haiti é uma ferida», são referidos alguns aspectos interessantes da tragédia que vive aquele país. Mas, como habitualmente, denunciam-se as situações mas não se aprofundam as causas. A natureza predadora do capitalismo é a causa principal dessa «ferida» desde o colonialismo primitivo ao de hoje organizado no âmbito da Organização Mundial de Comércio (OMC) e que se disfarça por detrás dos acordos ditos de «livre comércio» e do «acesso ao mercado» impostos pela OMC.